sábado, 14 de novembro de 2009

Pensamentos


O que fazer quando os pensamentos são mais fortes e mais rápidos do que o seu consciente e não se pode controlar, quando se tenta frear um pouco, simplesmente estacionar um pouco a mente sem pensar em nada e não se consegue. Quando não se acha um ponto de equilíbrio para se ter um momento de paz.
E quando não se pode expor. Quando as palavras se transformam em contradições, quando o que se quer é diferente do que se pode. Quando os pensamentos são tão confusos que não sabe como coloca-los em ordem. Quando se torna tão racional ao ponto de querer um momento de insanidade.
O que fazer?
Quando se conhece os riscos e mesmo assim quer se dar ao luxo de um minuto eterno. Quando sua vontade é sumir para dentro de si mesmo. Quando seus fantasmas resolvem voltar todos de uma só vez para te lembrar como são assustadores e como é difícil conviver com eles. Quando se esta tão elétrico ao ponto de não saber por onde começar.
Quando se quer desabafar, expor tudo o que acontece, vomitar o que se sente, mas as palavras simplesmente não saem, sons não são pronunciados e tudo que resta mais uma vez é um agudo e ensurdecedor silêncio. Quando se tem uma resposta sem ao menos saber direito qual a pergunta ou se tem inúmeras perguntas sem nenhuma resposta.
Quando a vida te põe em "xeque" e os caminhos encontram bifurcações. Como saber qual é o certo sem encontrar o errado. Qual o preço de se encontrar o caminho certo.
E quando seus desejos não são mais atendidos. Quando seu gênio decide sumir por tempo indeterminado e se encontra jogado a sorte da vida.

Tanta confusão, tantos pensamentos, tantos conflitos, tantas idéias. Muita coisa para uma cabecinha só.

sábado, 19 de setembro de 2009

Homenagem a minha irmã.


Ninguém disse que seria fácil, ninguém disse que a dor passaria. Mas ainda assim uma esperança insistia em meu ser,lutando com todas as suas forças para que ao menos amenizasse um pouco a falta que me faz a tua presença. O meu coração chora, o meu ser sofre, a minha alma luta para voltar a um passado que se mantém presente. Um anjo que tinha o dom de mudar o cinza do céu em um azul exuberante com o simples fato de um sorriso, voltou ao seu lugar de origem, para abrir as suas belas e perfeitas asas e nos proteger. Eu passei dias sentindo o seu perfume e a tua presença, sonhei, chorei, sofri. Eu sei que está bem, mas isso não me impede de sentir o vazio no peito. É o não saber aceitar o fim. É o não querer aceitar que não se tem mais. É o olhar e não vê. É o sentir sem ter. É o querer e não poder. É a triste realidade de que se pode chorar o quanto quiser, pode sofrer eternamente, pode rezar e implorar, mas não se terá a tua presença, a respiração, não mais... É perder uma parte de si mesmo. Falta uma pedaço importante do meu ser que foi contigo naquele dia escuro sem um breve aviso. Gostaria de ter aproveitado mais os momentos ao teu lado. queria ter te escutado, em silêncio, só absorver o que tinha para me ensinar. Sei tão pouco de ti, muito menos do que gostaria e muito mais do que me permitiu. E a ferida mais uma vez se abriu para mostrar a triste realidade de uma ausência. Meu coração está cansado, me encontro em um momento de fraqueza, onde uma simples brisa me afeta, me desequilibra. Mas nesse momento estou aprendendo que devo ser forte sim. Supotar a dor... Talvez. Mas sempre seguir em frente e manter viva dentro de mim a única parte e a mais importante que me restou de ti... o AMOR eterno que pulsa em meu peito todos os dias e se manterá aqui, a cada dia mais forte e mais presente em nossos corações. Apenas tenho a dizer: TE AMO e sinto muito a tua falta.

Agradeço a minha família, pela luta e pelo esforço, sempre ao meu lado me ajudando, meus pais e meu irmão no qual dividimos a mesma dor, amo muito vocês. E embora, nesse momento eu esteja longe, passaremos por mais um "dia 20" juntos.
Agradeço as pessoas que estão aqui ao meu lado me apoiando incondicionalmente, pessoas que se tornaram presentes e importantes na minha vida. A vocês três muito obrigada.

E a ti maninha... Esteja em paz com papai do céu e sempre presente. TE AMO ETERNAMENTE.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sinto Falta.


Sinto falta do vento que sopra, sinto falta da folha que cai. Sinto falta do cheiro da chuva, do barro molhado. Sinto falta do amanhecer, do despertar do passarinho na janela. Sinto falta da sensação de segurança. Sinto falta de a brisa tocar o meu rosto de noite na varanda. Sinto falta do cheiro único que corre por ali como um vendaval, espalhando um rastro inconfundível de liberdade. Sinto falta daquele lugar mágico que tem o poder de me fazer bem e mal ao mesmo tempo. Que meche comigo, que me afeta. Onde ri e chorei. Onde andei e corri. Sinto falta de não sentir medo. De tudo ser mais fácil enquanto eu tornava mais difícil. Sinto falta da lua tocando a água, de paisagens e paisagens... Sinto falta de uma vida, de uma presença. Sinto falta de um "mimo", de um diminutivo, de um sinônimo. Nesse momento sinto que estou ausente de mim própria. É difícil não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Sinto falta do meu porto seguro.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

As vezes necessito ficar só.


Hoje eu só queria um momento meu, um dia só para mim. Envolvida em meus pensamentos, refletindo o meu pequeno grande mundo em frente a um imenso pôr-do-sol. Momento perfeito. Certo que para estar só não necessariamente eu precise ficar só. Uma frase que resume esse pensamento: "Hoje não sou uma boa companhia, mas gostaria da companhia certa". Sem palavras, sem complicações, uma companhia para curtir o pôr-do-sol, em um simples silêncio, momentos de envolver pensamentos enquanto o sol tocar lindamente a imensidão. Para pessoas simples, momento de frescura e solidão. Para pessoas complexas, momento de reflexão e auto-conhecimento. Apenas hoje gostaria que o mundo girasse ao meu redor. Apenas hoje gostaria de satisfazer meu desejo egoísta e me concentrar apenas e exclusivamente em mim, em meu interior e exterior. Apenas hoje o dia se resume em apenas uma palavra: EU.

* Frase que me inspirou esse texto: No momento, olhando mais para dentro do que para fora. (by: Castro).

domingo, 12 de julho de 2009

À Deriva.


Sinto-me como um barco à deriva. Estou perdida em uma dimensão surreal de pensamentos. Perdida em um mar e sujeita a tempestades contínuas e inacabáveis. Raios e trovões povoam a minha jornada.Estou à procura de uma saída, rezando para que Poseidon possa me mostrar o caminho e com a ajuda de Éolo me soprar para a margem da mais próxima praia. Tento sobreviver às grandes tempestades que frequentemente assustam o mar em que me encontro, estou sujeita a grandes ondas, como tsunamis que tão fortemente cobrem meu barco e mais uma vez muda a minha rota, me levando para mares ainda mais distantes de meu porto. Mas me mantenho firme e forte até que um barco me encontre ou o milagre da praia apareça no horizonte me mostrando o primeiro raio de sol em muito tempo. O que tem me salvado, me feito companhia nessas longas noites de tempestades é a minha fiel e companheira lua. Só ela escuta os meus lamentos, só ela me dá consolo, só ela me compreende e ilumina minhas noites de eterna escuridão. E nesse momento ímpar de minha vida, encontro a mais vaga solução, esperar. Apenas esperar, deitar em meu convés, admirar a minha companheira lua e esperar que na próxima esquina apareça o meu tão sonhado porto, para enfim, libertar a minha mente cansada lotada de pensamentos confusos.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A procura de quem EU SOU.

As pessoas sempre tentam se descobrir saber quem são, é uma busca constante saber quem se é realmente. E muito difícil de se chegar a uma decisão de si mesmo. Eu comecei essa busca meio tardiamente. Eu não sabia que se precisava ficar só para se ter auto-conhecimento. Eu buscava na opinião das outras pessoas quem eu realmente era. E mesmo assim, mesmo com todos os comentários de como os outros me viam, ainda assim havia um vazio dentro de mim. Eu sempre achei que não me encachava no mundo, que era um "peixinho fora dágua" e culpava as outras pessoas de não serem quem eu queria que fossem. As pessoas tentam se conhecer e assim o mundo ao seu redor faz sentido. Mas eu não tinha esse mundo, esse meu mundo, ou melhor, havia apenas o "meu mundo" em que eu me fechava e assim me sentia bem. E o que fazia era tentar trazer para dentro desse mundo que só eu conseguia enxergar, as pessoas que eu amava e que acreditavam em mim. E nessa luta constante contra mim mesma, machuquei muitas pessoas, machuquei pessoas que amo muito e que não gostaria de ver sofrer. Eu não entendia porque as pessoas não conseguiam se encaixar nesse "meu mundo". Por que, se tudo era tão perfeito? porque, se tudo era milimetricamente planejado? Por que as pessoas não se sentiam bem, se eu estava bem nesse "mundinho fechado"? Eu achava que os outros estavam errados em não gostar desse mundo. Eu achava que as pessoas que não conseguiam se adaptar a mim porque eu era diferente. Mas não era bem assim. Com ajuda de pessoas que me amam e que eu tenho imenso respeito e profundo amor, eu comecei a entender o que estava acontecendo. Se eu mesma não me conhecia, como queria que as pessoas descobrissem quem sou? Se eu mesma não me amava, como as pessoas poderiam me amar? Eu amava os outros, mas não a mim. Eu sempre me perguntava, porque os outros me magoam? Porque os outros não me compreendem? Mas na verdade eu magoava os outros, na verdade eu não me compreendia. E aprendi a tentar me conhecer da pior forma possível. Eu quebrava a cara e não aprendia, sempre tinha alguém para passar a mão na minha cabeça e dizer: Não faz mal, um dia tu aprende. Alguém, que muito me amava tentou me mostrar isso. Tentou de todas as formas que pode, foi duro, rígido, mas por que me amava e queria meu bem. Me deu amor e compreensão, eu achava que estava retribuindo isso, mas era egoísta demais para perceber que eu só pensava em mim e no "mundinho" que me era confortável. E um dia triste, porém o primeiro passo para minha vida real, eu precisei deixar que fosse, precisei deixar que vivesse, não o meu mundo, mas o mundo real...o qual merecia. E com todo sofrimento, deu-se inicio a minha vida real. Eu comecei a viver com 21 anos de idade. Meio louco eu sei, mas qual loucura não é real? E pela primeira vez eu fiquei só, perdi o conforto que tanto gostava e apenas, fiquei só. O que eu mais temia, mas do que a própria morte. Mas dai, eu comecei a curtir a minha própria companhia, comecei a ver que ficar só é muito bom, assim comecei a me conhecer, a ver realmente quem eu era. Não através dos olhos que eu sempre buscava, mas através de mim mesma, compreender a minha alma, os meus lamentos e as minhas alegrias. Comecei a me abrir para um mundo que já me esperava a muito tempo. Comecei a lutar pelo que eu sempre queria e nunca tive iniciativa. Comecei a ver, que eu sou capaz, que eu posso. Aprendi a me amar, a amar a pessoa que realmente sou. E quem sou eu? Bem, ainda busco essa resposta, mas de inicio conheci a alegria, extrovertida como sou, de repente aquela pessoa morta que não conhecia ninguém e era arrogante o suficiente para pensar que todos eram inferior, começou a conhecer pessoas impressionantes e saber lidar com pessoas que não querem simplesmente o bem dos outros. Aprendi a ter maldade, malícia. Aprendi que não se brinca com o sentimento dos outros, porque acaba doendo e fazendo mal a mim mesma. Enfim, desabrochei, comecei a viver. Fiz coisa errada? fiz sim, muita. Mas não me arrependo, assim vou aprendendo a viver. E aquela pessoa que tinha medo de ficar só e sair só e aprender só, de repente, sumiu. Me viro só, viajo só, aprendo só. Tenho ajuda? Sim, é sempre bom. Mas sempre eu escolho o que é melhor para mim. E não sei mais o que é ter medo de aprender só, é maravilhoso descobrir quem somos e aprender que podemos nos amar sem ser egoísta. E tenho uma grande ajuda dentro de mim, um amor que me faz cada dia mais querer ser uma pessoa melhor, cada dia mais aprender coisas novas, ser a melhor pessoa que puder para merecer esse amor que tenho em meu peito e que me faz tão bem. Um amor verdadeiro que me da forças para lutar por mim e pela minha vida e querer viver mais e mais a cada dia que passa. Eu quero conhecer o mundo, quero realizar meus sonhos e acima de tudo, quero cada dia mais ME conhecer, pois sou apaixonada por mim e me surpreendo a cada dia que passa descobrindo a pessoa incrível que sou. Pretensão? Pode ser, mas sempre temos que ter um pouco, não quer dizer que somos egoístas. Temos que nos amar e nos conhecer, para que as pessoas nos amem e queiram cada vez mais descobrir quem somos. Meus planos? A vida que sonho, auto-conhecimento sempre, ser melhor a cada dia, descobrir que posso ser cada vez melhor e com o coração repleto de amor, viver e viver. É o mais importante para mim, a vida em todas as suas dimensões. E esperar para que um dia possa ser digna o suficiente desse amor que sinto. Lutar? Sempre, lutar por mim, pela minha vida e pelos meus sonhos, nunca desistir. Mais uma qualidade minha: Persistência. E farei o que for preciso e irei onde tiver de ir, para conseguir o que preciso e a pessoa que ainda posso ser. Aprendi tudo? Não, tenho muito o que aprender ainda, sobre mim e sobre a vida, mas confesso que estou ansiosa para as descobertas que faço dia após dia. E assim continuar a minha busca de mim mesma.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Vida: Uma caixa de pandora.


Em uma noite fria e chuvosa, apenas mais uma noite normal até aquele momento, estava voltando do trabalho, exausta a caminho de casa quando em uma encruzilhada, olho pela janela do carro e vejo um homem no canteiro, comecei a observá-lo, Sabe aqueles momentos em que parece que Deus toca a sua face para te mostrar a realidade da vida? Tu sentes a presença Dele, como se quisesse nos ensinar algo. Peguei-me abobalhada olhando-o, aquele simples homem andava em meio à chuva sem agasalho, sem guarda-chuva, nada que o protegesse do frio e da chuva, um sentimento de inutilidade invadiu meu ser, quando o vi simples apenas de blusa, bermuda e uma sandália, abraçando a si mesmo no intuito de se livrar do frio, abri o vidro por um instante e vi que realmente fazia muito frio. Senti-me envergonhada do simples fato de estar indo para casa, protegida da chuva, agasalhada do frio, indo jantar e dormir em uma cama quentinha e aconchegante. E aquele homem, como será sua noite, pensei. Minha vontade era descer e ir dar-lhe um agasalho, ou fazer qualquer outra coisa para ajudá-lo, mas não podia não tinha nada em mãos nada para dar-lhe. Baixei a cabeça em desespero pessoal, nada podia fazer e queria muito fazer algo. Foi um minuto eterno da minha vida, Senti que Deus estava ali me mostrando àquela cena. É surpreendente, mas eu nunca tinha visto algo parecido, foi a primeira vez que vi uma pessoa necessitada, a primeira vez que senti vergonha dos seres humanos, primeira vez que senti o horrível fato da inutilidade. E sem perceber estava em prantos, não conseguia conter minhas lágrimas, o sentimento era maior do que eu. Uma pessoa me acompanhava no carro, olhou-me e perguntou: “por que choras?”, ele não tinha visto tal absurdo, eu lhe respondi: “ vi um homem tentando com todas as forças fugir da chuva e entregue ao frio, sem conseguir se agasalhar e trajando vestes simples. Meu amigo surpreso por eu nunca ter visto algo tão comum hoje em dia me disse algo que soa em minha cabeça até hoje: “Estás vendo? E existem pessoas que não dão valor ao que tem, tem comida em sua mesa, um teto seguro onde se acolher e ainda reclama da vida” E aquele homem de que vai reclamar então? Se os que têm tudo sempre reclamam que querem mais, de os que não têm nada reclamam”? Senti-me extremamente envergonhada, pois sempre reclamava da vida, que era estressante, mas nunca tinha parado para pensar em tudo que tenho e sem muito esforço confesso. Pouca coisa conseguiu por mérito próprio e sei o gosto do orgulho que se sente. Precisamos dar mais valor à vida. Aquele homem sem nada, perdido, caminhando totalmente sem rumo, em busca de um horizonte perdido, me ensinou a lição mais valiosa da minha vida, mesmo sem saber que o fez. E que sigo a risca até hoje e tento passar a todos que estão ao meu redor. Viver e agradecer a Deus todos os dias pelo que somos e o que temos.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Como me sinto.


Eu me sinto como uma foto, em que sempre se repete, mas a aparência continua a mesma. Uma paisagem perfeita. Como em um cubículo de espelhos gritando e só o que vejo é o meu reflexo, só escuto meu próprio som trancado, abafado. Em um campo imenso cercado de mim mesma em gritos de desespero e muitas faces minhas a me olhar, sem saber o que fazer ou o que dizer. Penso milhares coisas ao mesmo tempo e de repente me dou conta de que não consigo pensar em nada, tudo está confuso. Estou perdida no fundo do oceano e preciso subir para pegar meu bote salva-vidas, mas estou ficando sem forças para chegar até em cima desse interminável oceano. E agora? Uma pergunta que se repete em minha mente e a resposta não vêm. Houve um bloqueio, uma enorme parede se fixou em minha frente e não consigo ultrapassá-la. A única vontade que tenho é de gritar, eu sei que não vai resolver, mas pelo menos alivia um pouco a angústia. Saudade, dor, sofrimento. E agora?

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Sonho


Um dia eu sonhei que estava em um conto de fadas, onde tudo era perfeito. Os dias passavam e continuava a ser o mesmo dia. Choveu, fez sol, mas o dia era sempre lindo, eu e meu príncipe encantado em nosso “cavalo branco”. Meu coração estava apertado, mas eu sorri o tempo todo. Sentia certa angústia, mas estava imensamente feliz. Eu fumei sem encostar-me a um cigarro. Bebi, fiquei embriagada sem ingerir nenhum tipo de álcool. Eu chorei de alegria e ri de tristeza. Eu fui falsa e mesmo assim fui eu mesma e tudo era perfeito. O dia virava noite e tudo era claro e lindo como uma manhã de sol. Fez frio, mas eu não senti; fez calor e eu só queria estar enrolada nos braços do meu príncipe encantado o tempo todo. Ele foi um ogro por vezes, mas eu o vi como o mais gentil, galante e honroso dos príncipes. Eu fiquei confusa entendendo tudo e tudo que era compreensivo se tornou uma confusão. E no final do sonho, eu abraçada ao meu príncipe envolto em nosso castelo e as pessoas passavam e voltavam tristes, felizes, deprimidas, apreensivas, quem sabe? Mas eu não via ninguém, de repente o mundo parou em mais um passe de mágica e quando percebi só havíamos nós dois no mundo e o mundo inteiro era nosso. Mas como todo sonho pára para outro começar, em um momento perfeito nos despedimos e com uma incrível observação eu vi o meu rígido e honroso príncipe envolto em lágrimas, mostrando a si mesmo, puro, nu em um momento muito especial. Ficamos longe, mas sempre perto, por quê? Por que nos amamos então embora distantes, estaremos sempre juntos. Faz sentido? Talvez, se souber interpretar, quem ama entende. Por que contigo é sempre assim, lindo e o que não faz sentido algum, é perfeitamente compreensível para mim. Conto de fadas? Ás vezes. Mas meu sonho real foi um completo e verdadeiro conto de fadas. E meu príncipe encantado, me espera em seu “cavalo branco”, até que um dia estaremos prontos para nos tocarmos novamente, por que estamos sempre unidos pelo amor e pela alma.