sábado, 19 de setembro de 2009
Homenagem a minha irmã.
Ninguém disse que seria fácil, ninguém disse que a dor passaria. Mas ainda assim uma esperança insistia em meu ser,lutando com todas as suas forças para que ao menos amenizasse um pouco a falta que me faz a tua presença. O meu coração chora, o meu ser sofre, a minha alma luta para voltar a um passado que se mantém presente. Um anjo que tinha o dom de mudar o cinza do céu em um azul exuberante com o simples fato de um sorriso, voltou ao seu lugar de origem, para abrir as suas belas e perfeitas asas e nos proteger. Eu passei dias sentindo o seu perfume e a tua presença, sonhei, chorei, sofri. Eu sei que está bem, mas isso não me impede de sentir o vazio no peito. É o não saber aceitar o fim. É o não querer aceitar que não se tem mais. É o olhar e não vê. É o sentir sem ter. É o querer e não poder. É a triste realidade de que se pode chorar o quanto quiser, pode sofrer eternamente, pode rezar e implorar, mas não se terá a tua presença, a respiração, não mais... É perder uma parte de si mesmo. Falta uma pedaço importante do meu ser que foi contigo naquele dia escuro sem um breve aviso. Gostaria de ter aproveitado mais os momentos ao teu lado. queria ter te escutado, em silêncio, só absorver o que tinha para me ensinar. Sei tão pouco de ti, muito menos do que gostaria e muito mais do que me permitiu. E a ferida mais uma vez se abriu para mostrar a triste realidade de uma ausência. Meu coração está cansado, me encontro em um momento de fraqueza, onde uma simples brisa me afeta, me desequilibra. Mas nesse momento estou aprendendo que devo ser forte sim. Supotar a dor... Talvez. Mas sempre seguir em frente e manter viva dentro de mim a única parte e a mais importante que me restou de ti... o AMOR eterno que pulsa em meu peito todos os dias e se manterá aqui, a cada dia mais forte e mais presente em nossos corações. Apenas tenho a dizer: TE AMO e sinto muito a tua falta.
Agradeço a minha família, pela luta e pelo esforço, sempre ao meu lado me ajudando, meus pais e meu irmão no qual dividimos a mesma dor, amo muito vocês. E embora, nesse momento eu esteja longe, passaremos por mais um "dia 20" juntos. Agradeço as pessoas que estão aqui ao meu lado me apoiando incondicionalmente, pessoas que se tornaram presentes e importantes na minha vida. A vocês três muito obrigada.
E a ti maninha... Esteja em paz com papai do céu e sempre presente. TE AMO ETERNAMENTE.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Sinto Falta.
Sinto falta do vento que sopra, sinto falta da folha que cai. Sinto falta do cheiro da chuva, do barro molhado. Sinto falta do amanhecer, do despertar do passarinho na janela. Sinto falta da sensação de segurança. Sinto falta de a brisa tocar o meu rosto de noite na varanda. Sinto falta do cheiro único que corre por ali como um vendaval, espalhando um rastro inconfundível de liberdade. Sinto falta daquele lugar mágico que tem o poder de me fazer bem e mal ao mesmo tempo. Que meche comigo, que me afeta. Onde ri e chorei. Onde andei e corri. Sinto falta de não sentir medo. De tudo ser mais fácil enquanto eu tornava mais difícil. Sinto falta da lua tocando a água, de paisagens e paisagens... Sinto falta de uma vida, de uma presença. Sinto falta de um "mimo", de um diminutivo, de um sinônimo. Nesse momento sinto que estou ausente de mim própria. É difícil não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Sinto falta do meu porto seguro.
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